Muito se fala sobre a necessidade em controlar o colesterol para ter a saúde do coração em dia. Mas a maioria da população ainda tem dúvidas sobre quais são os níveis aceitos dessa substância em nosso sangue, como fazer para identificar quando há o excesso e quais são os perigos que essa sobretaxa pode gerar.
As principais consequências do colesterol fora dos limites especificados são os chamados problemas cardiovasculares. São condições que podem levar ao óbito e, por isso, é tão importante controlar o colesterol para se manter uma boa saúde do coração.
Os principais riscos do acúmulo de gordura no sangue são os infartos e os derrames. Ambos acontecem quando a circulação sanguínea é interrompida em decorrência do entupimento de veias e artérias, impedindo a chegada de oxigênio.
NÍVEIS MAIS BAIXOS
Recentes estudos científicos alteraram os valores considerados seguros para a presença de colesterol no organismo. Eles também dependem do tamanho do risco a que cada indivíduo está exposto, seja por condições de hereditariedade ou hábitos alimentares, sedentarismo e vícios, como o fumo.
É importante salientar que o nível total de colesterol não é a melhor fonte para saber se a saúde do coração está ou não em risco, já que isso depende da quantidade de colesterol dos tipos LDL e HDL (o primeiro popularmente conhecido como colesterol ruim e o segundo como colesterol bom).
Via de regra, o ideal é controlar o colesterol total em um índice abaixo de 190 mg/dl, sendo que índices maiores que 250 mg/dl sempre serão considerados altos.
Em indivíduos com risco baixo, o nível do colesterol LDL deve ser mantido abaixo de 130 mg/dl, diminuindo-se para menos de 100 mg/dl para indivíduos de risco médio, para menos de 70 mg/dl para quem tem alto rico e ainda para menos de 50 mg/dl para aqueles com níveis de risco muito altos.
Já no caso do HDL, a questão do risco é secundária, já que esse tipo de colesterol é necessário às funções do corpo e tem um nível mínimo desejável. O que mudou no novo estudo é que agora o mínimo recomendado passou a ser 40 mg/dl para todas as pessoas, frente aos 60 mg/dl de estudos anteriores.
COMO CONTROLAR
A receita para controlar o colesterol e manter uma boa saúde do coração não mudou: continua associada a um ritmo de vida saudável que passa pela alimentação, rotina de exercícios físicos e, consequentemente, diminuição do sedentarismo – além de menores índices de estresse e hábitos sabidamente prejudiciais, como o cigarro.
Mas é na alimentação que podem ser tomados os maiores cuidados para se controlar o colesterol, principalmente o LDL (encontrado principalmente em alimentos de origem animal, como as carnes e a gema de ovo). Alimentos processados, doces, chocolate, leite integral e queijos amarelos também são ricos na substância.
Por esse motivo, é interessante consumi-los com moderação, além de incluir fontes do colesterol HDL para manter uma boa saúde do coração. Peixes gordos (como o atum e o salmão), sementes (como a chia, a linhaça e o girassol), frutas oleaginosas (como o amendoim e a castanha de caju), além do abacate e do azeite são ricos em gorduras insaturadas.
PROCURE AJUDA MÉDICA
Não há sintomas do colesterol alto no sangue. É claro que pessoas com sobrepeso, fumantes, sedentárias ou que se alimentam muito mal podem estar com o problema, mas não é uma regra. Como ele não dói, é preciso fazer um acompanhamento médico regular para saber se é necessário controlar o colesterol.
Procure ajuda médica. Em um exame de sangue específico, é possível saber os níveis de LDL e HDL para manter uma boa saúde do coração. Caso os níveis estejam fora dos padrões recomendados, o médico definirá se apenas uma mudança de hábito é suficiente para realizar o controle ou se o paciente precisa tomar algum tipo de medicação.