Um novo estudo publicado na revista Frontiers of Psychiatry aponta benefícios de exercícios físicos para o tratamento da depressão
O argumento é que os exercícios aumentam a neuroplasticidade (também chamada de plasticidade neural) nas pessoas, ou seja: a capacidade do cérebro de se remodelar em resposta às mudanças ambientais.
A pesquisa menciona que as entradas sensoriais acionam essa remodelação, alterando as conexões entre os neurônios, tornando algumas mais fortes e outras mais fracas à medida que novos circuitos são estabelecidos e as vias de comunicação entre as áreas do cérebro mudam. Os especialistas defendem que os próprios medicamentos usados contra a depressão aumentam a neuroplasticidade.
O estudo em questão foi realizado em 41 pessoas anteriormente diagnosticadas com depressão. Depois de se recuperarem o suficiente dos sintomas para participar da pesquisa, elas foram divididos em dois grupos. Durante três semanas, o primeiro grupo realizou exercícios físicos, enquanto o segundo grupo permaneceu com práticas sedentárias.
Feito isso, os pesquisadores estimularam eletricamente os nervos dos participantes para calcular o nível de neuroplasticidade. Essa estimulação dupla “treina” o córtex motor para torná-lo mais sensível aos impulsos magnéticos. Em ambos os grupos, houve uma correlação direta entre o efeito dos estímulos e o grau de depressão no início do estudo.
Ao final do estudo, o grupo que se exercitou apresentou “índices de depressão” significativamente mais baixos do que o grupo que participou de atividades sedentárias. A conclusão que os pesquisadores tiram disso é que o exercício não é bom apenas para o corpo, mas também para o cérebro. O estudo completo pode ser encontrado aqui.
Fonte: Psychology Today
Por Nathan Vieira
CanalTech